Hoje em dia os jovens, ao escolher a profissão, estão dando grande enfoque à questão da remuneração. Contudo, há outras questões essenciais em “jogo”.

Ao pensar na escolha da profissão seguir deve-se levar em conta alguns aspectos, tais como satisfação pessoal, retorno financeiro e mercado de trabalho, sendo que principalmente as habilidades pessoais e a identificação com a profissão que serão os fatores preponderantes para o sucesso profissional. Apesar de a questão financeira ser um dos aspectos a serem analisados, ele não deve ser o principal.

Hoje em dia os jovens estão dando um grande enfoque à questão da remuneração, sendo crescente os números de interessados em iniciar a sua vida profissional através de um concurso público, por exemplo, independentemente da sua identificação com a profissão. Em vários casos a escolha é basicamente definida pelo retorno financeiro. Escolher uma profissão sem ter como base o desempenho das tarefas de forma prazerosa, onde as suas habilidades serão consideradas e a satisfação um resultado natural, pode trazer uma série de consequências danosas à pessoa.

A possibilidade de sucesso profissional está muito ligada à capacidade que a pessoa tem em comprometer-se, dedicar-se e entusiasmar-se com a tarefa que está realizando. Este tipo de comportamento move as pessoas em uma direção positiva, que pode levar naturalmente ao crescimento profissional, através do reconhecimento do bom desempenho. Desta forma, percebemos a possibilidade de um consequente reconhecimento financeiro, quando a escolha da profissão escolhida é realizada através da identificação, tendo como base as habilidades do sujeito em questão.

Neste momento de escolha profissional, outro fator a ser discutido é a influência dos pais neste processo de decisão. Não há como dizer que uma pessoa faz uma escolha sem interferências de familiares, amigos e meio social. As nossas escolhas são baseadas na nossa história de vida, mesmo que isto aconteça de forma inconsciente. A conversa com os pais deve ser considerada, mas estes precisam ter o papel de orientadores, dando informações, ouvindo bastante os anseios dos filhos e respeitando sempre o tempo, as habilidades, as aptidões e a expectativa quanto ao futuro.

Em caso de dúvidas quanto à escolha da profissão, uma boa opção é a orientação vocacional. Ela é considerada mais ampla que os testes, já que esses não determinam a profissão, mas sim delimitam uma área de atuação mais favorável ao indivíduo, dentro da qual ele pode selecionar uma profissão.

A orientação pode usar como ferramenta o teste. Mas é a entrevista o principal foco, já que considera como fator importante a análise dos fatores trazidos pelo orientando, tais como história de vida, características de personalidade, atividades de lazer, desempenho escolar, perspectivas de futuro e mercado de trabalho, dentre outros fatores que complementarão e fortalecerão o resultado do teste.

Mas a orientação vocacional não é a única opção para auxiliar na escolha da profissão: você pode buscar alternativas paralelas para direcionar a sua escolha. Para ajudar na decisão, é fundamental conhecer as profissões, ler, tentar se informar com estudantes, conhecer os cursos oferecidos pelas faculdades para ajudar a entender melhor a carreira e evitar ilusões e expectativas criadas.

Converse com profissionais da área. Procure saber os lugares em que você pode trabalhar, quais são as atividades, como eles veem o mercado de trabalho daqui a uns seis, sete anos. Só conhecendo é que você poderá saber se lhe interessa ou não, se você gosta ou não.

E mais: se você permitir conhecer antes de escolher, além de saber por que escolher uma delas, você vai saber também porque não escolher as outras. Isto vai lhe trazer maior segurança e tranquilidade. Você precisa buscar alternativas para descobrir o que lhe dá prazer, quais são as suas habilidades, quais são os seus projetos de vida, como se vê profissionalmente no futuro, enfim, é através do autoconhecimento que você estará apto a decidir sobre a sua profissão.

Caso o jovem entre em uma faculdade e se decepcione com o curso, ele deve, em primeiro lugar, analisar criticamente o motivo da sua decepção, pois é natural que na grade curricular existam algumas disciplinas que não agradam, e isso não significa que o curso não seja bom ou que a profissão inicialmente escolhida não seja a mais adequada.

Se mesmo tendo feito esta análise, a pessoa percebe que o curso escolhido não corresponde à carreira que pretende exercer, o melhor a fazer é mudar, sem medo. Não ache que sua escolha tem que ser definitiva e que você terá que exercê-la para o resto da vida. Mudanças no mercado, novos caminhos e novas descobertas são prováveis e devem ser avaliadas. Como passamos a maior parte do nosso tempo trabalhando, a profissão deve ser sinônimo de satisfação, portanto, é melhor redirecionar a escolha que seguir adiante e conviver com a insatisfação no decorrer da vida profissional.

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